O
MEDO ... E COMO DEIXAR DE SENTI-LO
Axel
Você tem medo? Tem medo de que? Por que?
Para a resposta que você der pergunte novamente: por que?
O porquê do ‘porque’ é que é importante. A primeira resposta costuma ser padrão
e só serve para justificar superficialmente o seu medo. É uma desculpa de
fachada que é aceita pela sociedade. Exemplo: Por que você, Maria, tem medo de ir à noite na casa da sua prima que mora numa rua escura e
abandonada? Resposta padrão: Porque é perigosa e eu sou mulher, não tenho força
para me defender. Mas eu pergunto: Por que você tem medo de ir lá? Só porque é
mulher e é frágil? Resposta: Sim. Resposta
errada. A resposta correta é: Porque você não tem fé!
Outra pergunta: Você tem fé? Resposta
padrão: Sim, tenho muita fé. Pergunta: Se você tem fé por que não vai a
qualquer lugar sem medo? Resposta: Mesmo com fé eu posso ser assaltada,
estuprada ou morta. Eu afirmo: Se você tivesse 100% de fé não teria medo de
nada e nada aconteceria. Portanto sua fé é de apenas 50% ou menos. Por que você
não confia mais? Resposta: Não sei.
Então descubra. Faça a lista de seus
medos. Tem gente que tem medo de tudo, até de ser feliz. Os medos mais comuns
podem ser classificados em duas categorias: medo de sofrer
alguma dor física, isto é, no corpo (morte, doenças, agressão, espancamento,
estupro, fome, sede, insônia, envenenamento, macumba, ataques de animais,
picadas, etc.) ou de algo que incomode a sua mente (culpa, vergonha,
humilhação, pavor, rejeição, preconceito, abandono, perda de algo ou alguém,
ficar perdido, ficar sem dinheiro ou emprego, escuridão, altura, mar, lugares
fechados, silêncio, do desconhecido, da morte, de espíritos e fantasmas, etc.).
Só existe um medo saudável e aceitável:
é o medo que serve como autopreservação (instinto de
preservação), que todos nós temos, para não morrermos sem sentido. Precisamos
proteger o corpo para cumprir nossa missão. Todos os
outros medos devem ser mantidos sob controle para não saírem do que podemos
chamar de razoável. Todos os outros medos, anormais e descontrolados, são insegurança reflexo de experiências negativas passadas,
baixa autoestima, ignorância (falta de conhecimento),
etc. Nossos preconceitos e nossa ignorância são os maiores causadores dos
nossos medos e temores internos. Aquilo que chamamos de ‘mal’ nada mais é do
que nossos medos, que são o reflexo daquilo que não entendemos, ignoramos e por isso tememos enfrentar. Temos medo de tudo
que não conhecemos direito. Se entendermos a origem e o funcionamento do ‘mal’,
entenderemos que ele é apenas nosso professor rigoroso. A solução é uma só:
informe-se, busque o conhecimento para saber como as coisas acontecem, para
espantar todos os seus medos de uma vez por todas.
Não há motivo para ter medo. Se você o
criou, é você que tem que eliminá-lo. O medo só existe por causa de um falso
modo de ver a vida. O medo mata tudo: a razão, o coração e até mesmo a
fantasia.
O medo surge quando se usa a lógica, que
cria dúvidas e enfatiza a dualidade e as diferenças. A insegurança em relação à
opção correta só aumenta a incerteza e o medo toma conta. Medo de errar, medo
das conseqüências e assim por diante. Só se tem medo de perder algo quando se
acha que possui algo. A única coisa que se tem e se leva dessa vida é algo que
não dá para perder nem morrendo: os conhecimentos adquiridos, pois eles estão
na memória da alma.
A raiz de todos os medos está no
fenômeno da separação ou dualidade. Quando valorizamos as diferenças entre as
pessoas, motivados por sentimentos de superioridade ou inferioridade, que
demonstram vaidade ou ignorância, em essência estamos nos separando dos outros
e reforçando o ego. Os problemas ocorrem quando o indivíduo (egoísta) se separa
psicologicamente dos demais, enxerga a si mesmo como diferente ou especial e os
outros como comuns, quando não há nada que realmente os diferencie. Essa
separação gera medo e desconfiança. Quando nos alienamos, não enxergamos a nós
mesmos como unificados com o resto, separamo-nos da sociedade e desenvolvemos
vibrações negativas como medo, suspeita, hostilidade,
raiva, vingança, ganância, inveja e sede de poder. Essas modalidades de
separação estão por trás dos crimes e doenças que assolam a humanidade. Pessoas
com tais desequilíbrios psicológicos que chegam ao poder utilizam a força ou o
poder para controlar o povo. Um ditador na verdade é o maior dos covardes e
medrosos, que vive temendo que alguém consiga tirá-lo do poder e para impedir
isso ele usa todos os recursos de intimidação pela força. Em outras palavras
ele causa medo dele nos outros para disfarçar o medo que ele tem dos outros. A
maioria dos que controlam faz isso por autodefesa, por medo de ficar vulnerável
e ser machucada pelos outros, caso se mostre frágil. O controlador impõe seu
ponto de vista e teme a manifestação da oposição. O ego, por falta de amor, não pode
compreender a essência da unidade, de que tudo está interligado. Por isso ele
se separa de tudo e de todos.
Tem aqueles que, por medo, manipulam e
ameaçam os outros, mas a maioria dos medrosos são aqueles que se sentem
inferiorizados, incapazes de fazer e conquistar qualquer coisa por conta
própria. Eles são manipulados pelos outros e o acúmulo de medos os deixa cada
vez mais travados, acuados, doentes e fracos, sendo joguetes na mão dos outros.
Eles não têm coragem de dizer “não”. A falta de autoconfiança e de acreditar na
própria capacidade de realizar as coisas, sem depender de ninguém, é que causa
os medos e os impede de vencer os mais simples obstáculos na vida.
O pensamento dualista, que caracteriza
as relações humanas, gera conflito de interesses e medo, que obstrui o fluxo da
vida. O medo nos leva a perder o senso de equilíbrio, assim como nos rouba a
capacidade de ver o bom e o mau com a relatividade que lhe é inerente. Não
existe o bem e o mal, mas sim polaridades que precisamos equilibrar através de
nossas experiências para alcançarmos a compreensão.
O mundo ainda é dominado pelas
polaridades de bem e mal, certo e errado, positivo e negativo. A mente dualista
só consegue identificar um aspecto da consciência e se recusa a alternar e ver
as vantagens do oposto e depois da totalidade. Ser somente positivo é tão fora
de equilíbrio quanto ser só negativo. Para alcançar a perfeição precisamos ter
experiências de ambos. Assim como na eletricidade, em que ao ligarmos o pólo
positivo ao negativo obtemos a luz, precisamos fazer o mesmo na nossa vida.
Unificar as polaridades é acender nossa consciência. Ver a Unidade significa
ver o amor onde há medo.
O medo contamina. Como a humanidade
ainda ignora sua verdadeira essência divina e a falta de amor domina, ela ainda
é frágil, insegura e se deixa influenciar facilmente pelo medo de alguns ou se
deixa impor medo por quem quer manipulá-la.
Ao sentir medo você abre uma brecha nas
defesas naturais do seu corpo e permite que energia intrusas
comecem a influenciar a sua mente e minar a sua saúde. Uma praga ou macumba só
pode atingi-lo se você tiver medo daquilo. Não é a ameaça que vai prejudicá-lo,
mas a sua fraqueza, demonstrada através do medo, é que permite que a energia
negativa te afete. Do mesmo modo os espíritos desencarnados que ainda estão
presos à Terra se alimentam da energia do nosso medo e
com isso conseguem se manifestar no nosso mundo através de sons, aparições e
movimentando objetos. Para vencer esses medos é preciso acreditar na sua força
e estudar como funciona o mecanismo do medo e o plano espiritual. Entender como
as coisas acontecem evita o pavor desnecessário. Saiba que os animais e algumas
pessoas percebem quando você está com medo.
Medo de sofrer dor, agressão, etc. é
algo para quem valoriza o sofrimento e não a proteção que todos nós temos, seja
do anjo guardião, de Deus e também a própria, que geralmente ignoramos. Todos
nós temos o poder e capacidade de nos defender física e mentalmente.
Como seres espirituais nós viemos da
Unidade, onde “tudo pertence a tudo”. Para evoluirmos tivemos que desenvolver
nossa individualidade e descobrir quem de fato somos em nossa jornada no
Universo dual, da 3ª dimensão. Todos tivemos que
seguir o caminho da separação, da polaridade, com o intuito da autodescoberta.
Gosto muito de uma frase do querido
Mahatma Gandhi: “Todo medo é um sinal de falta de fé.” Se você examinar seus
medos a fundo vai ver que é pura verdade. Se eu tiver 100% de fé em Deus sei
que Ele está comigo 24 horas por dia. Confiando Nele e sentindo a presença Dele
não há mais razão para medo, de nenhum tipo. Se eu tenho plena fé eu confio que
não serei assaltado à noite numa rua escura porque estou protegido. Como? Não
interessa saber. Deus vai dar um jeito, não sou eu que vou dar a fórmula pra
Ele. Ele pode distrair o assaltante, me tornar invisível pra ele, fazer
aparecer um cachorro ou outra pessoa e mil outras maneiras. Eu tenho que pensar
no meu objetivo (chegar em determinada casa) e nem
pensar nos perigos. Basta ter rezado antes e acreditar de verdade. A mesma
atitude vale para a perda do emprego ou na confiança de achar um novo. Vale
para o medo de não conseguir pagar uma dívida, passar fome, perder a pessoa
amada, etc. O medo pode existir em relação a nós mesmos ou a outra pessoa
querida.
Analisemos então porque as pessoas têm
medo. Tem medo de acreditar? Medo de enfrentar? Medo de sofrer? Medo de
fracassar ou errar? Medo de serem julgados pela sociedade e pelos outros? Medo
de ouvir a verdade? Medo de descobrir a verdade? Medo de assumir a
responsabilidade? Tudo isso e muito mais, por covardia, preguiça e falta de fé.
Dizer que tem fé da boca pra fora não é ter fé. É melhor não falar pros outros,
mas agir dando o exemplo. Quanto mais você fala que tem medo, mais reforça ele.
Viva o presente, não carregue o passado
consigo o tempo todo. Um assalto, uma decepção amorosa, uma perda de emprego
podem acontecer com qualquer um. São obstáculos naturais da vida a serem
superados. Nada justifica que problemas ocorridos no passado gerem medo de que
eles se repitam no futuro. O medo vem e vai embora como qualquer outra emoção.
Criar fantasmas e motivos que justifiquem sua presença constante é eternizar o
medo. Estar sempre em estado de alerta e fuga de um possível perigo acaba
estressando o sistema corpo/mente e o aparecimento de sintomas (doenças mentais
e físicas) passa a ser inevitável. Entenda que você aprendeu com erros ou
tragédias passadas e por isso já está melhor preparado
para enfrentar problemas iguais ou diferentes no futuro. Valeu a experiência e
você só tem que agradecer por isso.
Todas as pessoas têm sua cota de
dominação e controle e todos precisamos aprender que não é necessário controlar
nenhuma área da vida. Soltar os controles passo a passo significa tornar-se
livre, libertando-nos da pesada responsabilidade de controlar a vida dos outros
e os seres controlados deixam de acreditar que precisam de alguém que comande
suas vidas. Removendo o controle do relacionamento a harmonia se faz presente e
a comunicação e o compartilhar mútuos tornam-se
possíveis. Isso é a unificação. Ao sermos capazes de promover a unificação a necessidade de provar que somos melhores vai
diminuindo. O ego utilizado para realizar um trabalho produtivo, direcionado, é
positivo, mas quando ele se envolve em jogos psicológicos e passa a ser achar
muito significativo e maravilhoso, ele fica fora do equilíbrio.
Não devemos esquecer que o medo atrai
mais ainda aquilo que tememos. Por isso quando enfrentamos nossos medos e
fazemos escolhas responsáveis, superamos as dificuldades e os fantasmas do
medo, criados por nós mesmos, vão embora. Só aí percebemos a ilusão em que
vivíamos. Quando decidimos viver em harmonia com a vida e com as pessoas à
nossa volta, passamos a ser orientados pela Harmonia Universal. É no coração
que o medo é transmutado pela qualidade dinâmica do amor. O Amor nada teme e,
quanto mais amamos, mais compreendemos as dificuldades e sombras que nós
atraímos anteriormente. Quando aprendemos a lição vivenciamos a paz, que também
é prosperidade. É nesse ponto que nos damos conta de que todo aquele caminho
era exatamente do que precisávamos. Para alcançar esse nível de paz interior e
vivenciar o amor incondicional, precisamos nos elevar acima do pensamento
dualista. Os medos representam para a alma os entraves para a libertação final,
a consciência, a felicidade. Só o amor pode transmutar esses obstáculos, que
são reforçados pelos desejos (apegos e aversões; medo de perder o que gosta e
de conviver com o que detesta) e crenças que não queremos largar. É preciso
identificar a raiz do medo para depois retirá-la, transformando essa energia
negativa com o fogo do amor dentro de nós. Existem muitos caminhos para nos
curar e purificar, mas compartilhar informações uns com os outros é o processo
mais rápido. Através dela os velhos apegos vão sendo substituídos e as mudanças
na consciência ocorrem. Ninguém é realmente mau e errar faz parte do jogo de
aprendizado. Por isso procure trilhar o dourado caminho do meio. Manter o
equilíbrio é muito importante. A
estabilidade real está na própria consciência.
O medo e o desejo estão em polaridades e
são oposições básicas. A pessoa deseja estar unida a alguém, ou é apegada a
alguém ou a algo, e a mente racional teme que isso possa não acontecer ou que
possa perder aquilo que já tem. As coisas, entretanto, vêm e vão e você não
pode possuir nada nem ninguém. Todos somos livres e
pertencemos ao Todo. Tudo que você pode fazer é desfrutar o que está
acontecendo, amar a sua vida como ela é, com as pessoas que você conhece, sem
nenhum medo. Como a vida é eterna e tudo é UM, você nunca perde nada nem
ninguém, pois não possui nada. Estamos destinados a estar uns com os outros
para sempre. Portanto a melhor política é abraçar tudo e amar aquilo que nos é
difícil amar, porque tudo irá mudar e se ajustar à consciência que você
desenvolve, mantém e é capaz de sustentar. Para isso poderá ser necessário ter
coragem, mas acredite: você a tem! Dentro de si você tem todas as qualidades.
No momento da criação lhe foram dadas qualidades preciosas como amor,
compaixão, sabedoria, coragem, espontaneidade e imaginação criadora. Você pode
ter se esquecido temporariamente que as possuía, mas basta deixá-las aflorar
novamente. Você nunca as perdeu. Pratique esse poder nas experiências que vêm
ao nosso encontro na vivência diária. Somente o medo nos impede de conhecer
nossos próprios poderes. Quando você se dá conta disso, você conscientemente
assume o comando de sua própria vida, confia em si mesmo, acredita que possui tudo que é necessário para ir ao encontro dos desafios
que chegam a cada momento, nesta vida que você escolheu viver.
Sua consciência se eleva de acordo com a sua determinação de assumir o comando
de sua própria vida. E cada medo superado é uma resposta de sua consciência,
indicando que você está preparado para níveis ainda mais elevados de
compreensão. Transmute seus medos através do amor e desfrute das mudanças para
caminhar firmemente em direção a uma consciência superior.
Primeiramente enfrente o pensamento de
medo com uma atitude firme e corajosa. Diga: “Eu vou resolver essa questão, eu
sou capaz!” ou “Tenho certeza que nada de mal vai acontecer!” Pare de buscar a
força fora de si. Você tem a força, a coragem, a fé, a capacidade! Acredite em
você! Creia na força do Amor!
Equilibre-se, torne-se UM com o mundo,
veja-se como um ser cósmico, eterno, imortal, um deus filho de Deus, que é
livre e perfeito e tudo pode fazer, criar, resolver. Assim todo medo irá embora
porque deixará de ter sentido. No lugar do medo tenha coragem. Isso é poder! E
você tem esse poder ilimitado, herdado do Pai.
Não ouça a sua mente (racional, o
intelecto). Ouça ou sinta seu coração, sua alma falando com você. Ela não tem
dúvidas, ela tem certezas. Aí você pode enfrentar qualquer situação e ainda
arcar com as conseqüências (sem medo). Isso é assumir a responsabilidade pelo
que faz, afinal errar é humano, fugir das
responsabilidades é insano. Deus criou tudo no universo e nunca teve para quem
passar a responsabilidade. Tinha que assumir. Façamos o mesmo. Viva a vida, sem
medo de ser feliz!
Querer controlar o futuro é uma
tentativa infrutífera e gera um desgaste enorme de energia. Pensar no que
‘pode’ acontecer é perda de tempo. Se acontecer alguma coisa você poderá
resolvê-la no momento que ocorrer. Você é capaz, as provações nunca são maiores
do que nossa capacidade de resolvê-las. Deus é justo. Concentre-se no aqui e
agora e ouse ser feliz. Ser feliz é uma decisão sua,
unicamente. Enfrente seus medos!!!
Confie! Conectar-se com Deus ou seu coração, o que dá no mesmo, é viver na simplicidade e na força. O amor transpõe muitos obstáculos e faz a vida fluir mais levemente, pois o medo é um fardo muito pesado. Viver sem medo é VIVER! Valorize a vida, pois medo é atraso de vida. Valorize a vida espiritual, pois o que assusta é o mundo material e o desconhecido (a morte), mas somente para quem ainda não aprendeu ou aceitou que a vida é eterna, que não termina na morte física. Depois de vencer essa etapa vai ter medo do que?